Robô que dá tchau, painéis com inteligência artificial, rádio chinês: os segredos da comissão hi-tech da Mocidade
Padre Miguel gastou cerca de R$ 700 mil em tecnologia. Robô da comissão de frente da Mocidade levanta setor 1 do Sambódromo No enredo retrofuturista da Mocid...

Padre Miguel gastou cerca de R$ 700 mil em tecnologia. Robô da comissão de frente da Mocidade levanta setor 1 do Sambódromo No enredo retrofuturista da Mocidade Independente de Padre Miguel, a comissão de frente veio com tecnologia de ponta. Um robozinho que andava e dava tchau levantou o público do Setor 1. Na Avenida, outra surpresa: 2 cachorrinhos-robôs faziam festa para o público. Curiosamente, a Mocidade foi a 1ª escola a não levar um tripé-palco para a apresentação, ao contrário das 8 coirmãs que passaram antes dela. Mas a Verde e Branca não economizou no setor. O gasto estimado foi de R$ 700 mil. Os 15 integrantes empurravam 5 painéis de LED de última geração controlados de perto por um operador com um computador. Sob os telões, havia partes de um humanoide gigante que ganhava movimento em uma coreografia precisa. No fim da performance, o trio de robôs aparecia para os jurados. Robozinho da Mocidade no Setor 1 Rafael Nascimento/g1 Telões com multitecnologia Arthur Correia era o responsável pelos telões. Ele desenvolveu a plataforma de exibição e montou um quebra-cabeça tecnológico para que nada desse errado no desfile. “A gente fez um sistema totalmente moderno e autônomo. Os painéis têm baterias que vieram da Alemanha com autonomia de até 6 horas”, disse. O desenvolvedor contou ainda o cuidado com a sincronia (ou sync) dos painéis. “Todos eles são ‘syncados’ com cada momento da coreografia e com o samba-enredo. A gente elaborou especificamente para Avenida.” Para que nada interferisse no sinal, a Mocidade importou um radiotransmissor chinês sem fio de última geração. Já algumas imagens exibidas nos mosaicos foram feitas com inteligência artificial. Só com os telões, a Mocidade gastou R$ 100 mil. Trio de robôs Já o investimento com os robôs foi maior: cerca de R$ 600 mil. O que andava e dava tchau custou R$ 350 mil. A dupla de cãezinhos custou pelo menos R$ 200 mil. “O Renato [Lage, carnavalesco] quis trazer que tem mais moderno de robô no páreo aqui para a escola”, afirmou Márcio Mello, o homem por trás dos androides.